quarta-feira, 29 de abril de 2009

Iniciando




A CRIANÇA E O BRINQUEDO

Francisco B. Assumpção Jr.

O brincar é parte integrante do universo infantil sendo através dele que ela aprende, progressivamente, a se relacionar com o ambiente e consigo mesma.

Dessa maneira ele depende muito mais do desenvolvimento da criança do que de processos de mídia e de publicidade.

Logo nos primeiros meses, o seu brincar é puramente exploratório, com ênfase nos processos sensoriais e, os brinquedos utilizados, dependem assim muito mais de sua consistência, textura, cor e som que emitem, possibilitando à criança, possibilidades de estimulação a nível auditivo, visual, tátil e, esporadicamente, olfativo ou gustativo. Ao final desse período, já próximo dos dois anos, encontramos a criança com a capacidade de “imitar” padrões de comportamento, simplesmente com finalidade lúdica e exploratória. É freqüente assim, a encontrarmos “fingindo que está dormindo”, por exemplo.

Com o advento do pensamento Pré-Operatório, entre dois e seis anos de idade, aproximadamente, o padrão de brincadeiras transforma-se naquilo que é chamado de jogo simbólico, através do qual, a criança manipula o ambiente com sua fantasia, transformando-o para que se adapte.

Desse período são brinquedos pouco estruturados que permitem à ela a utilização da fantasia e a projeção de suas próprias experiências. Dessa maneira, uma menina que “briga” com sua boneca mas depois permite que ela faça aquilo que não podia, não somente repete o modelo familiar observado como o corrige, em sua fantasia, para poder melhor aceitar e compreender as limitações impostas pelo meio.

Após os 7 anos de idade, com o período de operações concretas, as brincadeiras tornam-se mais elaboradas, com os jogos se constituindo em jogos de regras, através dos quais a criança aprende a interagir com o outro de maneira regrada e, portanto, adaptada socialmente, e os jogos de construção, através dos quais ela elabora idéias e as passa do mundo mental para o mundo concreto, de maneira cada vez mais sofisticada e eficaz.

Dessa maneira, o brincar vai possibilitando à criança, durante seu desenvolvimento, a possibilidade cada vez maior, de poder se relacionar adequadamente com o mundo circunjacente, primeiramente de forma imitativa, depois de maneira cada vez mais própria e criativa, permitindo-lhe o caminhar em direção a sua autonomia.


Psiquiatria infantil

quinta-feira, 23 de abril de 2009


Ser feliz é...
Ajudar a quem necessita de ajuda,
sem esperar recompensa.
É proporcionar confiança aos corações vazios...
É dar um pouco de si,
não apenas pelo prazer de se dar,
mas pela alegria sincera
de ver a felicidade
estampada no rosto de alguém!




“Brincar com as crianças não é perder tempo, é ganhá-lo, se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados, em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem.”
(Carlos Drummond de Andrade)